O Que é Coaching? Uma Resposta Científica e Filosófica

Tempo de leitura: 35 minutos

O que é coaching? As respostas que encontramos para essa pergunta costumam ser superficiais e impróprias. Elas dizem algo sobre o coaching, mas não o esclarecem plenamente.

E dada a grande popularidade do coaching atualmente, essa é uma pergunta que merece uma resposta completa e detalhada.

Tentaremos fornecer uma resposta científica para ela, uma resposta capaz de nos dar um entendimento claro do que é, afinal, isso que chamamos “coaching”.

Forneceremos para o coaching uma definição precisa, encontraremos seu lugar dentro do sistema das ciências e das artes, conheceremos suas partes e trataremos de sua origem histórica, de sua natureza e do seu papel no mundo atual.

Se você, caro leitor, pensa em ser um coach ou em procurar a ajuda de um coach, certamente encontrará neste artigo informações que irão enriquecer muito o seu entendimento do assunto.

Faremos juntos um “mergulho” filosófico-científico neste tema tão atual e descobriremos a beleza e a nobreza desta disciplina. Faremos nossa investigação com ordem, critério e clareza.

Breve Distinção Entre Coaching, Coach e Coachee

Para iniciar, façamos uma rápida distinção entre três palavras usadas ao longo de todo o estudo:

  • Coaching. A disciplina praticada.
  • Coach. Aquele que conhece e faz uso da disciplina do coaching, o profissional.
  • Coachee. Aquele que se submete ao processo de coaching, o cliente.

Assim, numa frase, diríamos:

O coach André Valongueiro iniciou um processo de coaching com a coachee Maria.

O foco do nosso estudo será a disciplina do coaching. Trataremos do coach e do coachee no próximo artigo desta série.

O Coaching é Uma Disciplina Intelectual

O coaching é uma disciplina intelectual. Esse é o ponto de partida de nossa investigação.

Aristóteles (384 a.C. — 322 a.C.), em seu sistema de classificação das ciências e artes, divide as disciplinas intelectuais em dois tipos:

  • As disciplinas especulativas, ou seja, as ciências;
  • As disciplinas práticas, ou seja, as artes.

Temos ainda outras disciplinas especulativas e práticas – como os hábitos intelectuais e a virtude da prudência –, mas para o objetivo do nosso estudo é suficiente identificar as disciplinas especulativas com as ciências e as disciplinas práticas com as artes.

As artes, no entanto, não se reduzem às chamadas “artes do belo” ou “belas artes” (Música, Artes Cênicas, Pintura, Escultura, Arquitetura, Literatura e Cinema). A noção de arte que nos foi dada por Aristóteles é mais ampla do que a que temos hoje. Trataremos do assunto adiante.

A função das disciplinas intelectuais

Qual a função das disciplinas intelectuais? Ora, a operação mais característica do intelecto é ordenar as coisas.

Nosso intelecto, operando por abstração, recebe os dados dos sentidos externos (visão, audição, olfato, paladar e tato) e os ordena na mente segundo certos critérios. Sua função é ordenar convenientemente as coisas.

O processo de formação das disciplinas intelectuais pode ser descrito de modo resumido em cinco etapas:

  1. Através dos sentidos recebemos os dados do mundo;
  2. Os dados (ou sensações) obtidos pelos sentidos formam a memória – e, com a capacidade de memorizar, podemos aprender;
  3. Do acúmulo das memórias surge a experiência, pois, diz Aristóteles, “as numerosas lembranças de uma mesma coisa acabam por produzir o efeito de uma única experiência”;
  4. Do acúmulo das experiências surge a arte, que é produzida quando “a partir de muitas noções da experiência forma-se um só juízo universal relativamente a objetos semelhantes”;
  5. E, finalmente, partindo do conhecimento experimental das coisas e descobrindo suas causas e fundamentos alcance-se a ciência.

Em todas as etapas deste processo o intelecto está presente exercendo seu papel ordenador e nos conduzindo à próxima etapa do conhecimento.

Essa operação de ordenação, em seus últimos níveis – em relação às artes e ciências –, acontece de dois modos:

  • De modo especulativo ou teórico, tomando como base a ordem natural das coisas – e, neste caso, temos as ciências;
  • De modo artístico, ordenando artificialmente as coisas que já existem – e, neste caso, temos as artes.

Assim, a ciência Física procura ordenar teoricamente a natureza e seus fenômenos com o objetivo de entender seu funcionamento geral.

Já a arte da Marcenaria, procura ordenar artificialmente algo que já existe no mundo (a madeira) com o objetivo de criar algo artificial: uma mesa, uma cadeira, uma porta, etc.

É importante observar que quando falamos em “artificial” estamos dizendo o mesmo que “feito com arte”. Com efeito, a palavra “artefato”, de onde nasce “artificial”, tem origem no latim arte factus, ou seja, “feito com arte”.

Sendo o coaching uma disciplina intelectual e sabendo que essas disciplinas dividem-se em especulativas e práticas, isto é, em ciências e artes, já podemos fazer uma primeira e importante pergunta:

O coaching é uma ciência ou uma arte?

Coaching: Ciência ou Arte?

Para responder essa pergunta precisamos conhecer os conceitos de arte e ciência:

  • A ciência, nos diz Aristóteles, é o conhecimento de algo por suas causas (ou princípios) com o objetivo de superar uma ignorância;
  • A arte, e aqui quem nos ajuda é Santo Tomás de Aquino (1225 — 1274), é “a razão correta das coisas que se fazem” (recta ratio factibilium).

Simplificando e levando em consideração apenas as finalidades da ciência e da arte, temos o seguinte:

  • A finalidade da ciência é superar uma ignorância;
  • A finalidade da arte é fazer alguma coisa.

Mas qual a finalidade do coaching? Descobrindo seu fim saberemos se ele é uma ciência ou uma arte.

O próprio sentido da palavra pode nos esclarecer esse ponto: a palavra “coach”, de origem inglesa, pode ser traduzida para o português como “treinador” ou “técnico”.

Ora, quem treina a si mesmo ou fornece treinamento (coaching) para alguém deseja preparar-se ou preparar alguém para fazer algo e não apenas para superar uma ignorância.

De fato, o atleta treina para vencer uma competição e uma equipe de trabalho recebe treinamento para fazer melhor alguma coisa e conquistar um resultado. Já o estudante de uma ciência não recebe exatamente “treinamento”, mas instrução ou ensino.

Daí concluímos que o coaching é uma arte. Isso não significa, no entanto, que não haja nada de científico nele, como veremos adiante.

O coaching é uma arte

Vamos entender melhor o que significa dizer que o coaching é uma arte.

A definição de arte dada por Santo Tomás de Aquino que usamos acima (“a razão correta das coisas que se fazem”) talvez seja um pouco confusa para alguns. Trata-se de uma definição de arte em sentido estrito (stricto sensu).

Mas Santo Tomás nos dá também uma definição de arte em sentido amplo (lato sensu) – e esta é certamente mais fácil de ser entendida:

[A arte é] uma ordenação correta da razão pela qual os atos humanos alcançam, por determinados meios, o fim devido.

Assim, o artista da Marcenaria (o marceneiro) ordena sua razão para que os atos de suas mãos e braços possam, fazendo uso de certas ferramentas, alcançar o fim de produzir uma mesa, uma cadeira ou uma porta.

Assim também o coach ordena sua razão para que suas palavras e seu discurso possam, fazendo uso de “ferramentas de coaching”, ordenar o intelecto e os atos do coachee para que ele alcance o fim desejado.

De fato, um processo de coaching consiste exatamente nisto: numa investigação dialética conjunta em que o coach procura ajudar seu coachee a superar certas dificuldades.

Ele faz isso através do uso estratégico de artes e ciências sobre as quais têm domínio e que são desconhecidas ou conhecidas de modo insuficiente por seu coachee. Essas artes e ciências empregadas no processo de coaching são genericamente chamadas de “ferramentas de coaching”.

Agora já temos os elementos necessários para formular uma definição de coaching e assim fornecer uma resposta para a pergunta que nos ocupa.

Definindo a arte do coaching

A definição completa de uma arte, nos ensina Santo Tomás de Aquino, se dá por sua matéria, por seu sujeito e por sua finalidade:

  • A matéria de uma arte é aquilo que ela usa (seu material) para atingir seu fim;
  • O sujeito de uma arte é aquilo de que ela trata própria e formalmente;
  • A finalidade de uma arte é seu objetivo.

Agora já podemos definir com segurança a arte do coaching:

O coaching é a arte de ordenar a razão e os atos de uma pessoa para que ela possa superar as dificuldades que impedem seu pleno desenvolvimento pessoal.

Trata-se de uma definição completa, pois contempla a matéria, o sujeito e a finalidade do coaching. Vejamos:

  • A matéria do coaching é “a razão e os atos de uma pessoa” – essa pessoa é o coachee;
  • O sujeito do coaching está expresso na partícula “as dificuldades que impedem seu pleno desenvolvimento pessoal” – é disso que o coaching trata própria e formalmente;
  • E a finalidade do coaching é superar estas mesmas dificuldades.

Temos agora uma sucinta e precisa definição da arte do coaching. Vejamos novamente:

O coaching é a arte de ordenar a razão e os atos de uma pessoa para que ela possa superar as dificuldades que impedem seu pleno desenvolvimento pessoal.

Já temos uma resposta satisfatória para a questão “O que é coaching?”, mas ainda há mais a conhecer sobre o nosso objeto de estudo.

O gênero das “Artes” se divide em duas espécies, as artes servis e as artes liberais, e precisamos agora descobrir em qual destas espécies o coaching se encaixa melhor.

Coaching: Arte Servil ou Arte Liberal?

Comecemos definindo cada uma das espécies do gênero das “Artes”.

Em seu comentário à Metafísica, de Aristóteles, Santo Tomás de Aquino esclareceu a natureza das artes liberais (ou livres) e das artes servis (ou utilitárias) como eram entendidas no mundo grego antigo:

São chamadas liberais ou livres aquelas artes que se relacionam com o conhecimento; aquelas que se relacionam com fins utilitários atingidos mediante a atividade são chamadas servis ou utilitárias.

As artes servis ou utilitárias são, portanto, aquelas que se exercem mediante atos corporais e para alguma utilidade também corporal, como, por exemplo, a já citada marcenaria, mas também a medicina, a construção de instrumentos musicais de cordas (luthieria) e muitas outras.

Já as artes liberais ou livres são aquelas que têm como finalidade não a produção de bens exteriores ao artista, mas o aperfeiçoamento da própria pessoa que as pratica. Exemplos de artes liberais são a lógica, a gramática, a música e a geometria.

A Irmã Miriam Joseph (1898 — 1982), em seu livro O Trivium, faz esclarecimentos que vão nos ajudar:

O artista utilitário produz utilidades que atendem às necessidades do homem. […] No exercício das artes utilitárias, ainda que a ação comece no agente, ela sai do agente e termina no objeto produzido, tendo normalmente um valor comercial; portanto o artista é pago pelo trabalho ou obra. No exercício das artes liberais, todavia, a ação começa no agente e termina no agente, que é aperfeiçoado pela ação; consequentemente, o artista liberal, longe de ser pago por seu trabalho árduo – do qual, aliás, é o único a receber todo o benefício –, com frequência paga a um professor para que este lhe dê a instrução e o guiamento necessários na prática das artes liberais.

E continua, mais adiante:

As artes utilitárias, ou servis, permitem que alguém seja um servidor – de outra pessoa, do Estado, de uma corporação, de uma profissão – e que ganhe a vida. As artes liberais, em contraste, ensinam a viver; treinam as faculdades [da mente] e as aperfeiçoam; permitem a uma pessoa elevar-se acima de seu ambiente material para viver uma vida intelectual, uma vida racional e, portanto, uma vida livre para adquirir a verdade. Jesus Cristo disse: ‘E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’ (João 8,32).

Parece que temos agora algumas dificuldades para descobrir a qual espécie de arte pertence o coaching, pois ele possui semelhanças com as ambas.

Para encontrar uma resposta, precisamos observar essas semelhanças cuidadosamente.

O coaching visto sob vários ângulos

Para que possamos fornecer uma resposta segura à questão que estamos investigando, vejamos a arte do coaching sob vários ângulos:

  • Se olharmos o coaching sob o ângulo da remuneração, diremos que o coaching é uma arte servil, já que o coach geralmente é remunerado por seu trabalho;
  • Do mesmo modo, se o olharmos sob o ângulo do beneficiado, diremos que o coaching é, novamente, arte servil, já que, em geral, o coach faz uso de sua arte para beneficiar outra pessoa (o coachee);
  • Mas se olharmos o coaching sob o ângulo do seu produto – daquilo que produz, ou seja, a superação de dificuldades –, diremos que se trata de uma arte liberal, já que aperfeiçoa o indivíduo ao permitir que ele “eleve-se acima” de suas dificuldades, superando-as.

Façamos agora algumas observações criteriosas sobre os pontos acima para que possamos, finalmente, descobrir se o coaching é arte servil ou liberal.

A remuneração que um coach recebe por seu trabalho não é um elemento essencial da arte do coaching, pois nada impede que não haja remuneração. A remuneração não é matéria, sujeito nem finalidade do coaching.

Portanto, que o coaching seja atividade remunerada é algo acidental e não essencial.

Em relação ao beneficiado temos um caso semelhante, pois também não é necessário que o coaching seja sempre praticado em benefício de uma outra pessoa, embora este seja o caso mais comum.

De fato, o coach pode praticar a arte do coaching consigo mesmo, o que se chama autocoaching. E caso faça isso, o coaching não deixará de servir ao propósito da superação de dificuldades.

Portanto, que o coaching seja praticado em benefício de outra pessoa também é algo acidental e não necessário ou essencial.

Mas em relação àquilo que produz – seu produto, ou seja, a superação das dificuldades –, temos algo necessário, pois se o coaching não produz a superação das dificuldades ele deixará de cumprir sua finalidade.

Temos então que os fatores “remuneração” e “beneficiado” são meramente acidentais: podem estar presentes ou não sem que a arte do coaching deixe de atingir seu fim e de ser o que é.

Já o fator “superação das dificuldades” é algo essencial: sem ele a arte do coaching deixa de ser o que é, pois seu fim último seria modificado ou perdido.

Daí temos que o coaching é primeiramente uma arte liberal e é arte servil apenas secundariamente e sob certos aspectos acidentais.

Mas há também no coaching uma parte científica que merece ser mencionada.

A Parte Científica do Coaching

Como dissemos anteriormente, o fato do coaching ser uma arte, não significa que ele não seja também, em certo sentido, uma ciência – ou, melhor dizendo, que não haja nele nada de científico.

A mesma Irmã Miriam Joseph diz o seguinte sobre as artes liberais em O Trivium:

Cada uma das artes liberais é, a um só tempo, uma ciência e uma arte, no sentido de que em cada campo há algo a conhecer (ciência) e algo a fazer (arte).

Isso é perfeitamente válido para o coaching, que necessita conhecer e fazer uso de diferentes artes e ciências para auxiliar pessoas na superação de dificuldades.

Qualquer arte, para ser completa, deve ser experiência e ciência, e o coach, para ser um artista completo, precisa “saber fazer” (arte) e “saber por que faz o que faz” (ciência), o que implica conhecer as causas, partes e propriedades de sua arte.

Mas o que faz o coaching ser “mais arte do que ciência” é o fato de que ele não busca alcançar uma verdade universal, como o faz a ciência.

A ciência tem como método a observação dos fenômenos naturais para a formulação de hipóteses que devem ser testadas em experimentos e, assim, validadas como modelos teóricos aceitos por toda a comunidade científica.

Já a arte não busca a verdade universal, mas sim, como disse Fayga Ostrower (1920 — 2001) em Criatividade e Processos de Criação,  “a verdade de cada caso particular”.

Ao praticar sua arte, o coach está lidando com as dificuldades particulares de um indivíduo, que não podem ser superadas mediante a aplicação de modelos teóricos universais.

A solução de uma dificuldade particular é encontrada através da ordenação e articulação de elementos também particulares que são descobertos e selecionados pelo trabalho conjunto do coach e seu coachee.

A solução particular encontrada para uma dificuldade e sua implementação prática é a verdade da arte do coaching.

No próximo artigo desta série, em que trataremos do coach, aprofundaremos essa discussão. Cadastre seu e-mail abaixo para ser avisando quando o próximo artigo for publicado.

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O Coaching é Uma Arte Antiga

Na Grécia Antiga, um homem chamado Sócrates (469 a.C. — 399 a.C) costumava debater temas diversos com seus amigos, conhecidos e adversários nos ambientes públicos de Atenas.

Seu objetivo era sempre o mesmo: descobrir a verdade acerca da questão que discutiam – a verdade definitiva ou apenas a opinião mais provável.

Sócrates e seus interlocutores investigavam temas variados: a origem da linguagem, a imortalidade da alma, a virtude, a beleza, etc.

Nestas investigações, Sócrates fazia uso de uma “técnica” que não havia sido criada por ele, mas que ele utilizava com grande competência: ele fazia perguntas.

De pergunta em pergunta e de resposta em resposta, Sócrates e seus interlocutores iam, progressivamente, aproximando-se de uma conclusão, até que, por fim, a alcançavam.

A “técnica” em questão ficou conhecida como a “dialética socrática” e foi, anos mais tarde, plenamente desenvolvida por Aristóteles, que a transformou na arte liberal da Dialética, a parte mais importante da arte-ciência da Lógica.

A Dialética, também chamada de Lógica Opinativa ou Tópica, pode ser entendida como “a arte de alcançar a opinião mais provável” e foi tratada por Aristóteles no livro dos Tópicos, um dos livros do Órganon, o nome tradicionalmente dado ao conjunto dos escritos lógicos de Aristóteles.

A “dialética de Sócrates” e o desenvolvimento dela por Aristóteles fundaram aquilo que podemos chamar de método investigativo das ciências e da filosofia.

Esta arte tornou-se tão essencial que todas as demais ciências e artes (incluindo, claro, o coaching) precisam servir-se dela em maior ou menor grau para realizar seu trabalho investigativo e “fazedor”.

Existe um “pai do coaching”?

Platão (428 a.C. — 348 a.C.), em seu diálogo Crátilo, escreve que Sócrates, discutindo com seus interlocutores sobre a origem da linguagem, faz a seguinte pergunta ao próprio Crátilo:

E aquele que sabe perguntar e responder, não o chamas tu de dialético?

O dialético é aquele que sabe formular perguntas que conduzem uma investigação à descoberta da melhor resposta para uma questão ou da melhor solução para um problema.

Sua habilidade fundamental é confrontar opiniões e pontos de vista visando separar o verdadeiro do falso (depuração dialética) e articular uma explicação satisfatória para a questão investigada.

Sócrates, pode-se dizer, fazia uso da arte liberal da Dialética para fazer ciência, já que, como dissemos, o fim da ciência é “superar uma ignorância” – e esse era, aparentemente, o único objetivo de Sócrates ao realizar suas investigações.

Ora, o coach faz algo semelhante: ele formula perguntas, obtém respostas e, confrontando, ordenando e corrigindo estas respostas, procura encontrar uma solução que permita a superação das dificuldades do seu coachee.

Não é totalmente verdadeiro, portanto, que Timothy Gallwey seja, como se costuma dizer, “o pai do coaching”.

O coaching é, como veremos adiante, uma espécie de “operação natural” do intelecto, que, como nos ensina Aristóteles, funciona essencialmente de maneira dialética, isto é, compondo e dividindo raciocínios com o objetivo de chegar à uma conclusão sobre algo.

A arte do coaching consiste na aplicação desta “operação dialética natural” visando a superação das dificuldades dos homens do nosso tempo.

Sócrates, o primeiro “artista dialético”, procurava superar as ignorâncias; o coach, um “artista dialético moderno”, procura superar as dificuldades que entravam o desenvolvimento humano. No centro deste processo está o mesmo modus operandi: a investigação dialética.

Timothy Gallwey, claro, tem seu mérito assegurado, mas não pode ser adequadamente considerado o “pai” do coaching, ou seja, aquele que criou a arte do coaching.

As Partes do Coaching

Agora começaremos uma nova etapa do nosso estudo, onde aprofundaremos o entendimento que já conquistamos até aqui.

Conhecer bem alguma coisa implica conhecer as partes de que esta coisa é feita e, por isso, precisamos explorar as partes do coaching.

Comecemos entendendo melhor as diferentes formas de uma determinada disciplina ser todo e ser parte.

Os 3 modos de ser todo e de ser parte

O Padre Álvaro Calderón, em sua brilhante obra Umbrales de La Filosofia, ensina que uma disciplina pode dividir-se em partes de três modos:

  • Ela pode ser um todo integral composto de partes integrais;
  • Ela pode ser um todo universal composto de partes subjetivas;
  • Ela pode ser um todo potencial composto de partes potenciais.

Vamos explicar cada uma delas com simplicidade e recorrer à exemplos que irão facilitar nosso entendimento.

O todo integral e suas partes integrais

Chamamos todo integral aquele todo que se forma pela soma ou integração de suas partes.

Para entendê-lo pensemos numa casa e em algumas de suas partes: os alicerces, as paredes, o telhado.

Nenhuma destas partes consideradas separadamente pode ser chamada de casa: os alicerces não são a casa; e o mesmo ocorre com as paredes e o telhado. Só há casa quando todas estas partes estão unidas e integradas.

A casa é, portanto, um todo integral composto das partes integrais alicerces, paredes, telhado, etc. Somam-se as partes para obter o todo, e esse todo se dirá integral.

O todo universal e suas partes subjetivas

O todo universal, por sua vez, tem partes que, individualmente, podem ser consideradas como o todo. Um exemplo deixará claro.

Pensemos no todo universal chamado “Artes” – o gênero das artes. As partes subjetivas deste todo são a dialética, a medicina, a marcenaria, a música, o coaching, etc.

Ora, cada uma destas partes pode ser chamada “Arte” em toda a sua universalidade: elas são como maneiras particulares – ou seja, subjetivas – de dizer “Arte”, pois todas elas são totalmente artes: a dialética é arte, a marcenaria é arte, a medicina é arte, etc.

O todo universal, portanto, se dá universalmente em todas e cada uma de suas partes.

O todo potencial e suas partes potenciais

Já o todo potencial é aquele que tem como partes potenciais elementos que possuem certa graduação de pertencimento ao todo, ou seja, certas partes “pertencem mais” ao todo do que outras – isto é, são mais próprias e estão mais intimamente ligadas ao todo.

Peguemos como exemplo o todo “Alma Humana” e suas três partes:

  • a parte vegetativa (ou nutritiva);
  • a parte sensitiva (ligada aos sentidos);
  • a parte intelectiva (ou racional).

Sabemos que todas estas partes são partes da alma humana, mas sabemos também que a parte vegetativa também é possuída pelas plantas e pelos animais (todos eles se nutrem e crescem) e que a parte sensitiva também é possuída pelos animais (eles têm sentidos, assim como nós).

Mas a parte intelectiva, composta pelo intelecto e pela vontade, é exclusiva do homem e, por isso, “pertence mais” ao homem do que as partes vegetativa e sensitiva, que são compartilhadas com outras espécies.

Há, portanto, uma graduação de pertencimento das partes ao todo:

  • a parte intelectiva é “mais humana” que a sensitiva;
  • e a parte sensitiva é, por sua vez, “mais humana” que a vegetativa.

Todas elas são partes do todo “Alma Humana”, mas não de igual modo: é na parte intelectiva que está a plenitude da alma humana, mas as outras partes também se podem dizer humanas.

Não se preocupe se você não entendeu perfeitamente o que foi dito sobre os três modos de ser todo e de ser parte, tudo ficará mais claro ao aplicarmos esses modos ao coaching, o que faremos agora.

O coaching como todo integral e suas partes integrais

As partes integrais do coaching são aquelas que, se forem removidas, farão com que ele se torne incompleto, assim como uma casa se torna incompleta caso suas paredes sejam removidas.

Dissemos acima que a prática do coaching consiste essencialmente em formular perguntas, obter respostas e, confrontando, ordenando e corrigindo essas respostas, encontrar soluções que permitam a superação de dificuldades.

Isso significa dizer que o coaching tem como “núcleo” a comunicação: assim como não há casa sem paredes, não há coaching sem comunicação. Ou, dito de outra maneira: a comunicação está para o coaching assim como as paredes estão para a casa.

Isso nos faz concluir que as partes integrais do coaching são, primeiro, aquelas que fundamentam e permitem a boa comunicação:

  • a Lógica;
  • a Dialética;
  • a Retórica;
  • a Gramática;
  • Etc.

Mas são também partes integrais do coaching as artes ou ciências vinculadas ao “nicho” em que um coach atua:

  • a arte da produtividade para o coach de produtividade;
  • a ciência nutrição para o coach de emagrecimento;
  • a ciência prática da ética para o coach de comportamento;
  • Etc.

Estas partes integrais indicam aquilo que o coach precisa conhecer e dominar obrigatoriamente para exercer plenamente a arte do coaching. Falaremos sobre elas no próximo artigo desta série, quando estudaremos o coach.

Se você deseja ser avisado quando a segunda parte do nosso estudo for publicada, coloque o seu e-mail abaixo.

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O coaching como todo universal e suas partes subjetivas

As partes subjetivas do coaching são aquelas que podem ser chamadas de “coaching” em sentido total, ou seja, são as formas particulares – ou especializações – do coaching.

Assim como dialética, medicina e marcenaria são artes (partes subjetivas do todo universal “Artes”), assim também Coaching de Vida, Coaching de Produtividade e Coaching de Carreira são coaching em sentido total e universal.

Imagine “Coaching” como um gênero e suas especializações como espécies deste gênero.

Aqui, as partes subjetivas do todo universal “Coaching” identificam-se com as várias categorias ou “nichos” de coaching:

O todo universal “Coaching” se dá, portanto, em todas e cada uma das partes acima de maneira universal.

O coaching como todo potencial e suas partes potenciais

Considerado como todo potencial, as partes do coaching são aquelas que pertencem a ele em diferentes graus – ou seja, algumas partes “pertencem mais” ao coaching do que outras.

Trata-se aqui das diversas disciplinas que, dependendo das dificuldades que o coachee necessita superar, integram-se à arte do coaching como uma “ferramenta de trabalho”, tornando-se uma parte potencial dele.

Assim, em um processo de coaching que visa auxiliar alguém a emagrecer, a ciência da Nutrição “integra-se” ao coaching como sua parte potencial.

O mesmo acontece com a Psicologia, que pode integrar-se ao coaching como parte potencial dele para auxiliar alguém que esteja, por exemplo, procurando adquirir maior inteligência emocional ou melhorar seus relacionamentos.

Observe que, nos dois exemplos acima, a Nutrição e a Psicologia tornam-se partes do coaching em diferentes graus e essa graduação se dá principalmente em função da dificuldade que se deseja superar.

O Coaching é Necessário?

Agora conhecemos em profundidade o que é o coaching e escapamos de definições superficiais ou impróprias, como aquela que diz que o coaching é uma “metodologia” e que seu fim é “levar uma pessoa de um ponto A até um ponto B”.

Lembremos a definição de coaching que encontramos:

O coaching é a arte de ordenar a razão e os atos de uma pessoa para que ela possa superar as dificuldades que impedem seu pleno desenvolvimento pessoal.

Precisamos perguntar agora se esta arte é necessária ou se é dispensável. Nós realmente precisamos do coaching?

Já dissemos que a definição de uma arte se dá por sua matéria, seu sujeito e sua finalidade e que o sujeito de uma arte é “aquilo de que ela trata própria e formalmente”.

Para descobrir se uma arte é necessária ou dispensável devemos, então, perguntar se o sujeito de que ela trata continua existindo de maneira relevante num determinado momento histórico.

O sujeito da arte do coaching, como já dissemos, é a dificuldade (ou as dificuldades) que determinada pessoa necessita superar para desenvolver-se plena e satisfatoriamente.

É disto que o coaching trata formalmente: a superação de dificuldades.

Ora, é evidente que as dificuldades que impedem nosso pleno desenvolvimento nas diversas áreas da vida continuam existindo de maneira extremamente relevante.

Em verdade, a arte do coaching sempre foi necessária à humanidade, visto que não houve época em que não fosse necessário ao homem ordenar seu intelecto e seus atos para superar dificuldades que impediam seu pleno desenvolvimento pessoal, o progresso da sociedade ou mesmo sua sobrevivência.

A necessidade atual do coaching

O homem dos séculos XX e XXI enfrenta grande número de dificuldades, visto que, entre muitas outras novidades, dois fenômenos significativos aconteceram nas últimas décadas:

  1. O número de profissões multiplicou-se enormemente e, com esse crescimento, multiplicou-se também o número de artes e ciências que precisam ser dominadas para o exercício destas novas profissões, o que acarreta enormes dificuldades para muitas pessoas;
  2. As exigências sociais também multiplicaram-se, fazendo com que muitas pessoas, pressionadas pelos novos padrões sociais, necessitem de ajuda em áreas cada vez mais valorizadas.

Assim, o desenvolvimento do chamado “mercado financeiro” criou inúmeras novas profissões e passou a ser visto como uma grande oportunidade para o progresso financeiro de indivíduos e empresas.

Em decorrência disto a ciência econômica se desenvolveu e deu origem a diversas novas artes, como aquela que se ocupa da operação de ferramentas tecnológicas que permitem a atuação dentro das Bolsas de Valores visando o lucro (Home Brokers).

Daí a necessidade, para muitas pessoas, do Coaching Financeiro, que lhes fornecerá o treinamento necessário para o domínio desta arte.

Analogamente, o surgimento de um novo “padrão de beleza” e a valorização da “performance esportiva” impulsionaram o desenvolvimento da ciência da Nutrição e o surgimento ou aprimoramento de muitas ciências e artes que visam a melhoria da aparência corporal e/ou o aumento da performance esportiva.

Daí a necessidade, para muitas pessoas, do Coaching Nutricional (ou de Emagrecimento) e do Coaching Esportivo.

De fato, a vida moderna se tornou tão complexa, veloz e exigente que praticamente todas as pessoas necessitam de ajuda para melhorar sua produtividade e capacidade de organização.

Fica provado assim, portanto, que a arte do coaching é uma arte necessária, embora seus detratores digam, aqui e ali, que ela é dispensável ou apenas uma “modinha”.

O Coaching Como “Operação Natural” do Intelecto

Mas o coaching não é apenas uma arte necessária: sua prática é também inevitável.

Todos nós, diante de uma dificuldade, perguntamos “como posso superá-la?”.

Listamos, ainda que apenas mentalmente, as possíveis soluções; avaliamos cada uma delas comparando-as umas com as outras; e, se formos bem sucedidos, concluímos que uma delas é a mais adequada para a superação da dificuldade que temos.

Fazemos isso formulando perguntas, procurando respondê-las e fazendo novas perguntas acerca das nossas respostas, procedendo assim até que a nossa investigação nos ofereça uma solução que pareça adequada.

Mas não procedemos assim – por meio de perguntas e respostas – apenas porque desejamos, mas sim porque esse é o próprio modo de operação do nosso intelecto.

Foi Aristóteles quem descobriu a natureza eminentemente dialética do intelecto humano. O intelecto opera dialeticamente e só assim pode chegar ao conhecimento artístico e científico.

Partindo de premissas evidentes, fazemos perguntas, fornecemos respostas e seguimos assim, compondo e dividindo raciocínios, até alcançarmos uma verdade certa ou provável acerca daquilo que estamos investigando.

Mas é claro que nem todas pessoas possuem o mesmo grau de habilidade e competência ao lidar com as operações dialéticas do intelecto. O uso competente delas depende de muitas coisas:

  • Nosso domínio da arte-ciência Lógica;
  • Nosso domínio geral da Língua falada;
  • Nosso domínio da Gramática e da escrita;
  • O conhecimento das ciências e artes necessárias para solução de uma dificuldade específica;
  • Nosso universo interior com todas as suas memórias de experiências passadas;
  • Etc.

Num processo de coaching realiza-se, com a ajuda de alguém mais experiente, o mesmo procedimento dialético que cada indivíduo realiza sozinho ao pensar sobre uma dificuldade ou problema.

Juntos, coach e coachee realizam uma investigação: partem de certas premissas tidas como certas ou evidentes, fazem perguntas (em geral, o coach as faz), respondem-nas (em geral, o coachee as responde) e assim seguem até que se encontre a melhor solução.

A diferença central está em que o coach é – ele deve ser, sob o risco de ser somente um diletante ou um “charlatão” – alguém competente nas disciplinas necessárias ao trabalho de “ordenar a razão e os atos de uma pessoa”.

O coach é um Lógico, um Dialético, um Retórico e, principalmente, um conhecedor das ciências e das artes das quais o coachee necessita para superar suas dificuldades:

  • O coach que presta auxílio aos improdutivos deve dominar a arte da organização e da boa produtividade;
  • O coach para concursos precisa conhecer a arte de preparar-se para provas de um tipo específico;
  • O coach de emagrecimento (ou nutricional) precisa dominar a ciência da Nutrição;
  • Etc.

O procedimento dialético que é o núcleo do coaching é, portanto, uma “operação natural” do intelecto e, nesse sentido, podemos dizer que o coaching não só é necessário como também é inevitável.

Todos nós, diante de uma dificuldade, desafio ou problema, praticamos a arte do coaching com diferentes níveis de habilidade e competência. Cada um de nós é seu próprio coach.

Conclusão: O Coaching é Uma Arte Nobre

Podemos dizer que fizemos uma espécie de “radiografia” do nosso objeto de estudo. Conhecemos agora com bastante nitidez o que é o coaching.

Vejamos um resumo completo do que aprendemos em nosso estudo:

  • O Coaching é:
    1. antes de tudo, uma disciplina intelectual;
    2. uma arte – e só em certo sentido (secundum quid) uma ciência;
    3. mais especificamente, uma arte liberal – e só secundariamente uma arte servil;
    4. uma arte antiga, cujos fundamentos remontam à Antiguidade Clássica.
  • Deve ser definido como:
    1. a arte de ordenar a razão e os atos de uma pessoa para que ela possa superar as dificuldades que impedem seu pleno desenvolvimento pessoal.
  • Tem como partes:
    1. integrais: a Lógica, a Dialética, a Retórica, a Gramática e as artes ou ciências vinculadas ao “nicho” em que um coach atua;
    2. subjetivas: as várias categorias, especializações ou “nichos” de coaching;
    3. potenciais: as diversas disciplinas que integram-se ao coaching como “ferramentas de trabalho” em função da dificuldade que se deseja superar.
  • Tem como finalidade:
    1. prestar auxílio àqueles que, carecendo do conhecimento ou domínio de certas disciplinas, necessitam de ajuda para superar dificuldades;
    2. treinar, instruir e educar nestas mesmas disciplinas;
    3. promover o pleno desenvolvimento pessoal do coachee.
  • Deve considerar-se:
    1. como arte necessária ao desenvolvimento pessoal e ao progresso geral da sociedade;
    2. como “operação natural” do intelecto, que opera de modo eminentemente dialético.
  • Deve praticar-se:
    1. com respeito, visto que lida com questões importantes para o desenvolvimento e realização humanas;
    2. com conhecimento, pois só dominando as diversas disciplinas necessárias é possível prestar auxílio efetivo aos que necessitam;
    3. sem leviandade, diletantismo ou gosto desmedido pelo lucro financeiro.

Quero parabenizar você pelo empenho em investigar seriamente essa questão e ultrapassar as definições impróprias e superficiais dadas até mesmo pelas instituições de formação em coaching.

O coaching, se praticado com honestidade e competência, é um ato de caridade. Trata-se de uma arte que tem finalidade nobre, pois promove o desenvolvimento humano e, em muitos casos, aplaca o sofrimento, a frustração e o sentimento de incapacidade experimentados por tantas pessoas.

Se você precisa de um coach, conheça os meus programas de coaching. Será um prazer ajudar você a superar dificuldades referentes à falta de um propósito claro de vida, desorganização e baixa produtividade. Com ajuda, esses obstáculos podem ser facilmente superados.

Comente abaixo e deixe suas observações ou dúvidas. Respondo 100% dos comentários que recebo em meus escritos.

No próximo artigo da série, trataremos do coach, o artista do coaching. Cadastre seu e-mail abaixo para ser avisado quando o artigo estiver disponível.

Coaching com André Valongueiro

16 Comentários


  1. Valongueiro, excelente trabalho sobre a definição de coaching. Muito bem fundamentado e vem de encontro ao desejo de muitas pessoas conhecerem melhor essa profissão, esse processo. Dá credibilidade num momento em que vivemos uma crise de confiança geral. Muita informação, muita desinformação e muita deformação anda se espalhando aos quatro ventos no mundo.

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    1. Obrigado, Joice. Fico feliz que a leitura tenha sido proveitosa. Sucesso!

      Responder



  2. Excelente texto, muito esclarecedor.

    Gosto muito de estudar temas de desenvolvimento pessoal, e até já realizei alguns trabalhos que ajudaram pessoas a resolver problemas específicos; porém, ainda não havia despertado em mim o interesse de fazer alguma formação nessa área de coaching.

    Mas essa visão lógica e estruturada me fez parecer algo bem mais sério e interessante.

    Parabéns por esse seu trabalho primoroso e sucesso em suas próximas realizações.

    Responder

    1. Obrigado, Cintia. Fico feliz em ter mudado um pouco sua visão sobre o coaching.

      Se você reconhece possuir esse talento para auxiliar pessoas na superação de certos problemas, talvez deva pensar no coaching como uma oportunidade para ampliar e profissionalizar sua atuação.

      Estou trabalhando na minha própria formação em coaching e devo disponibilizar as primeiras vagas em breve. Será uma formação individual e baseada na concepção de coaching que apresentei neste artigo.

      Te desejo sucesso!

      Um abraço e se cuida!

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  3. Valongueiro meu caro, aplaudi de pé seu artigo. Eu trabalho há 5 anos como coach de empresários e você foi de uma precisão impecável no estudo da nossa arte.

    Muito obrigado por isso, sempre que me perguntarem o que é coaching, já tenho um link para enviar. Talvez até te arrume alguns clientes, olha que beleza!

    Um forte abraço, muito obrigado e, se eu puder sugerir, escreva um livro sobre coaching, quem sabe até crie uma escola de coaching. Com essa pegada científico-filosófica eu faria a formação completa novamente.

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    1. Fala, Rodolfo! Tudo bem por aí?

      Fico muito feliz em ajudar um colega de profissão e te agradeço as palavras generosas. Ficarei muito feliz se você indicar o artigo para aqueles que queiram saber mais sobre a nossa nobre arte.

      Um livro sobre coaching é algo que tenho em mente fazer e que já está em fase de amadurecimento. Em breve estarei abrindo as primeiras vagas para minha formação em coaching, uma formação online, ao vivo e individual de caráter científico e filosófico, bem diferente das formações das grandes escolas.

      Será um prazer ter você estudando comigo. 🙂

      Um grande abraço e não deixe de se inscrever para receber o próximo artigo da série. Se cuida!

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  4. Eu conhecia o André coach, escritor de artigos sobre desenvolvimento pessoal e incentivador de pessoas, mas não o André cientista. Mais uma faceta deste grande profissional.

    Parabéns, André! Você não deixa de surpreender nunca, posso até dizer que esse artigo eliminou totalmente o preconceito que eu tinha com o coaching. Agora tenho uma visão totalmente diferente da que eu tinha. Um abraço.

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    1. Obrigado, Celso. Parece que acertei em cheio, pois desde o início da produção deste artigo eu tinha em mente esclarecer as coisas e dissipar certos preconceitos sobre o coaching.

      O coaching é algo maravilhoso e tremendamente útil, mas precisa ser explicado com clareza e propriedade, coisa que pouquíssimos profissionais parecem ser capazes de fazer, infelizmente.

      Seja como for, este estudo é uma breve contribuição minha para essa tarefa necessária de esclarecimento.

      Um grande abraço e obrigado pelas palavras.

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  5. André Valongueiro! Como sempre, trazendo clareza acerca de um tema por meio de um esforço intelectual essencial, realizado por poucos. Excelente artigo!

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    1. Fala, Dr. Matheus! Tá tudo bem por aí?

      Fico feliz que tenha gostado e espero que tenha aprendido algo que faça a diferença na sua promissora carreira como coach.

      Um abraço e tudo de bom. Mande notícias!

      Responder

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